"Hearts and thoughts they fade... fade away!"

sábado, 16 de fevereiro de 2008

O trem que eu perdi era azul, mas ainda tenho você na cabeça.

Em 1964, Milton Nascimento, então cantor de um grupo que se apresentava em bailes, saiu da cidade mineira de Três Pontas para estudar Economia em Belo Horizonte. Na bagagem além de roupas e livros, o jovem levava a esperança e a fé no sonho de ser cantor. Nascimento se alojou em uma pensão da capital mineira e lá conheceu Márcio, Marilton e Lô Borges. A partir de então, o cantor começou a frequentar a casa da família Borges. E no quarto dos irmãos nasceram as primeiras parceirias entre Milton e Márcio. Regadas a muita prosa e batida de limão a dupla compôs Novena, Crença e Gira Girou.

Enquando tempo passava o número de frequentadores da casa dos borges foi aumentando. O irmão mais de Márcio, Lô Borges, começou a ter aula de harmonia musical com o guitarrista Toninho Horta. Lô passava o tempo junto com o amigo Beto escutando os discos dos Beatles. Logo a vontade não era só de escutar as músicas e os dois meninos formaram uma banda. Ela se chamava The Beavers , em homenagem ao fab four. O quarto já era pequeno demais e os garotos começaram a se reunir no boteco da esquina das ruas Divinópolis com Paraisópolis.

As composições dos meninos que se reuniam no bar da esquina começaram a ganhar o país. Em 1966, Elis Regina grava Canção do Sal, de Milton Nascimento. No ano seguinte as canções travessia (primeira parceria de Nascimento com Fernando Brant), Morro Velho e Maria, Minha Fé, concorreram no II Festival Internacional da Canção.

A turma da esquina já estava em super lotação. Músicos como Tavinho Moura, Flavio Venturini, Fernando Brant entre outros já faziam parte da galera que começou a se denominar clube. Entre 1970 e 1971, eles se reuniram e prepararam um grande número de canções. E em 1972, acabam em um álbum duplo. Nasce aí, O Clube da Esquina.



Sei que históricos são chatos, mas nesse caso se fez necessário para entender melhor como as reuniões de um grupo de garotos na esquina foram importantes para a carreira desses músicos que fizeram nascer um movimtnto, que se iníciou sem pretenções. Mas que conseguiu mudar a cara do música brasileira daquela época. Acrescentou um "tempero" que a música ainda não conhecia, por isso houveram várias críticas negativas ao trabalho dos amigos da esquina. Não se importando com as tais críticas o clube continou crescendo e ganhando admiradores ilustres como Chico Buarqe. As letras falam da esperança e da fé e não deixava de abordar a repressão militar.

Particularmente, o clube marcou a minha infância. Não, não vivi aquela época, mas nos anos 80/90 era comum mais músicas como Clube da esquina nº2 (original ou a versão de Flávio Venturini) e Trem Azul tocarem nas rádios que minha mãe escutava. Na época não entendia muito bem a mensagem que Milton Nascimento e turma (ou clube!) queriam passar, mas gostava daquilo que ouvia! Depois de anos (ano passado) é que fui conhecer o clube mais a fundo. E desde então sei da importância que essas pessoas tem para a música brasileira (muitos músicos fazem versões e alguns, como o skank, fazem música com "associados" do clube) e para cultura brasileira. E sei que tudo que saiu de Minas Gerais foi de uma forma diferente desde então!

O clube também me faz ter saudades de uma época que eu não vivi. Da época em que os frequentadores da esquinas eram os poetas, os boêmios e os músicos. Hoje esquinas são não tão românticas como naquela época, mas amanhã quem sabe... sonhos não envelhecem!


Clube da Esquina nº2



O Trem AZul




ps: O Clube da Esquina ganhou um museu virtual. Lá, você pode ler depoimentos e saber mais da história de cada de um de seus integrantes e de algumas pessoas que foram influenciadas por ele. Recomendo a visita!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Os dois lados da chuva

Os dias vão passando e o tempo instável, que toma conta dessa época do ano, faz com que eles se tornem semelhantes. Clima quente pela manhã e de noite cai aquela chuva que deixa o clima mais abafado ainda.

Quando a chuva cai penso na beleza no lado bonito dela. Penso que a chuva resfresca a mente e o corpo, que lava a alma e que ajuda a fortificar novos ramos. Mas também no lado de destruição da chuva. Casas caem de barrancos nos morros, lares são alagados e vidas perdidas.

Olho pela janela para ver o especutálo cheio de beleza e destruição. Em tempos abafados como o dessa época do ano a chuva custama trazer um companheiro de magnitude ímpar e de dualidade semelhante à ela, o relampâgo. A breve beleza da natureza em fúria. Raio que destrói, mata e assusta. Mas não deixa de ser algo bonito de se ver.

Me arrisco a tomar um banho de chuva de vez enquando de vez enquando. Afinal, como já disse, acho que ela lava a alma, que refresca qualquer mente e qualquer coração e que traz com ela novos frutos e eu quero essas coisas no meu caminho. A chuva é passageira como uma fase. Serve para fortalecer algo que já tinha uma raiz, mas também deixa suas marcas

A nuvem de chuva passa. Ela vai pra outro lugar, levar toda a beleza e a destruição que caiu aqui para um outro lugar. Tudo é tão breve nesses dias de verão que eu já nem sei no que devo dedicar o meu tempo. Tempo que é necessário para avaliar a destruição e novos frutos trazidos pela chuva. Mas tudo que está de passagem sempre vai e volta!


ps: este texto não é pessoal! não sou eu, Wellington, que narra. eu apenas o ecrevi!

A Famosa cantora (de praça) chinesa da Nova Zelândia.

Ontem eu estava num fossa gigantesca até que uma janela do messenger pisca abro e um amigo tinha me mandado um link e logo em seguida uma mensagem: "Vê isso!". "Beleza", respondi.



Ri muito, muito mesmo. Algo sem compreensão! "Coitada dessa japonesa ou chinesa", pensei. "Ela só quer divulgar o trampo dela, como muitos cantores de praça aqui do Brasil, e ninguém a leva isso a sério". Mas quando li o about this video percebi que a cantora chinesa Wing Han Tsang, ou simplesmente Wing, já tinha, até, uma aparição em um episódio que levou seu nome no South Park.

A lista de cds lançados por Wing é extensa, já são 14 discos. Em um deles ela canta músicas do AC/DC. Dá pra acreditar? O próximo show da cantora será no dia 16 de Fevereiro na cidade de Wellington, capital da Nova Zelândia, local onde ela reside. Como é impossível irmos até ela usem a seguinte estratégia: Peçam que parentes ou amigos que estão prestes a se casar a chamem para cantar na festa. Assim você se diverte e os noivos aproveitam a oferta especial para matrimônios que Wing oferece.

E não é só! Se você comprar dois cd's a cantora promete ligar para o seu telefone e cantar exclusivamente para você! Mais promoções e informações no site da cantora.



ps: Uma das partes do episódio "Wing". O noningentésimo terceiro da série South Park.