"Hearts and thoughts they fade... fade away!"

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ele acreditava

Desde pequeno esperava por uma única chance de mudar tudo o que o cercava.

Cresceu cercado de medos, incertezas e tudo ao redor ainda era exatamente o mesmo, ainda acreditava na mudança.

Ficou parado, ali perto, como uma rocha e não deixava nada se aproximar, ainda acreditava na mudança.

Viu o tempo, as estações, anos e pessoas passarem. Sempre quieto, calado, calmo, esperava... ainda acreditava na mudança.

Anulava qualquer sentimento ou sensação. Só restava o anseio pelo sinal da mudança, afinal ele ainda acreditava.

Morreu esperando, ainda acreditava na mudança.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Reticências - segmento1

Tudo que amargasse na boca deixa o gosto do eterno amargo.

Tudo que amargasse não fortalece; deixa-te mais fraco e cheio de pesar.

Tudo amargasse nunca é esquecido; constantemente lembrado se torna parte do que és.

Tudo que amargasse não é sábio; sem um fundamento torna-se um conhecimento de algo que nunca existiu.

Tudo que amargasse infelizmente prevalece deixando no peito a sensação do imortal deleitar de um fracasso.

Tudo que amargasse dificilmente pode ser adoçado; na consciência pode ser escondido mas para sempre estará lá.

Tudo que amargasse não é jogado fora; na mente pensamentos crescem e acabam na destruição do que um dia foi um sentimento de humanidade.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Considerações sobre a rocha

Ela fica ali, parada. Parece que não faz nada e diferença alguma. Dia, noite... sol, chuva e a rocha continua ali. As vezes só, as vezes acompanhada a rocha continuada inanimada.

Mas nem tanto assim. Se você observar bem de perto os anos mudam a forma daquele agregado sólido e lhe deixa de presente impressões e pequenos rastros do que passou.

Há tempo essa rocha está aí? Não sei, e essa é uma informação que não faz diferença. Quantas histórias ela pode contar? Esse é um mistério à se descobrir. A única coisa que realmente sei é que essa rocha não é a mesma de minutos atrás.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Considerações sobre a (minha) insônia

Ontem fui para a cama pensando que iria ter uma boa noite mas... pois é, me enganei. Minha velha companheira chamada insônia resolveu fazer uma visita.

Todas as vezes em que ela veio me visitar eu recusava o convite a curtir o momento e ligava a televisão e reclamava da falta de sorte que é não dormir. Mas dessa vez não. Dessa vez mantive a televisão desligada e aproveitei o silêncio da madrugada para entender melhor o quê se passava na minha mente naquele exato momento, organizar pensamentos, ler um pouco, tomar chá gelado(que nesse frio fez tremer até minha alma), reparar que a um certa estação de rádio tocou wind of change umas 4 vezes, mais próximo do amanhecer coloquei uma cadeira na sacada e observei os urubus planando. Percebi que tudo nessa madrugada teve um ar especial, mas sem entender o motivo.

Consegui assim curtir o meu momento a sós com ela. Fazia tempos que essa minha amiga de décadas não assombrava a minha noite. Até toda a minha família acordar e acabar com a minha melhor noite insone.

Takeeeeeeee me to the magic of the moment on a glory night

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Reflexão sobre o nada

"Faz uns quatro dias que ela já está assim...", diz uma voz em tom de indignação e uma pitada de pesar. "Não sei mais o quê faço. Ela não levanta desse sofá, nem na hora da jantâ!".

Ela que sempre foi uma menina que se interessava por tudo, achava graça em tudo, procurava saber de tudo. Agora está ali parada. Deitada, ou largada, no sofá da sala, olhando para o teto branco, já meio bege devido a falta de pintura, refletindo o nada...

Antes aquele era o único sofá da casa. Logo depois que ela deitou, para não mais se levantar, o pai teve que comprar outro sofá para que a família pudesse sentar e utilizar aquele comodo. Já estão até pensando em mudar a sala para outro lugar... o antigo quarto que era dela.

Uma hora se passa, dois dias, três semanas, quatro meses...oito meses... um ano! E ela continua ali, deitada no sofá... a pensar em nada, a não se importar com nada, sem sorrir ou chorar para nada, refletindo sobre o nada!.

O pai, a mãe e os irmãos (uma irmã mais velha de 20 anos e um irmão mais novo de 9 anos) já tentaram de tudo... festas, doutores, padres, pastores, doutores, teólogia, filosofia, missas, cultos, candomblé... mas tudo foi em vão. Ela não se mexe e continua ali.. olhando o teto e com cara de NADA!

Mais um tempo passa e o familiares se conformam com a condição dela, a pequena cidade passa a ser ponto turístico, todos querem saber onde vive aquela jovem inerte e com cara de nada. "Será que ela tem pensamentos?" essa é a pergunta dos poucos curiosos que conseguem ver a moça.

Um cara aparece na cidade, ninguém sabe de onde vem... não ele não veio com um doa grupos de curiosos e muito menos era parente de alguém daquele pequeno pedaço de chão. Ele entra na casa da família e diz em alto e bom tom... "ela morreu". "Mas como assim ela morreu? você não vê que ela ainda respira e que coração bate", responde o pai. "Sim", concorda o desconhecido... "Mas ela perdeu as forças, perdeu a alma... perdeu a esperança!".

"Não é possível!", diz a mãe espantada. "Sim, é possível", diz o pai, "Ela agora se encontrar no nada... refletindo o nada!". "Para ela nada importa agora. Nada é tudo, Tudo é nada!", diz o desconhecido antes de ir embora.

domingo, 18 de maio de 2008

Dualidade do Tempo

Ando meio sem tempo esses dias. Não tenho nem mais tempo pra pensar no que vou fazer, com quem eu quero estar ou até quem eu sou... Não tenho mais tempo pra ler - o livro de cabeçeira está encostado a um tempo - e nem tenho tempo pra comentar alguma coisa inútil de algo que até faz algum sentido.

Não ando cheio de tarefas, trabalhos ou obrigações. Apenas me enterrei em um espaço atemporal. E lá pude notar toda a graça e a maldição do tempo. Passam segundos, minutos, horas, dias, semanas e tenho certeza de que sou uma pessoa mais experiente, mas tenho a noção de que o tempo me detona. Cabelos caem, entradas aparecem,juventude desaparece, essa conversa sobre envelhecer ainda me assusta e me derruba... Caminhos solitários, o tempo que reversei pra pensar não me disse o que fazer. Mais um tempo pra pensar! Mas, pensar no quê? No tempo que passa? Na vida que há lá fora ou na vida que há aqui dentro?

Segundos, minutos, horas, dias, semanas e nenhuma ligação, nenhuma mensagem no celular, nenhum e-mail, nenhuma palavra balbuciada, nenhuma resposta, nenhum caminho. A graça que o tempo trás e a experiência de saber que logo mais, em um tempo futuro, tudo isso pode mudar! E só esperar o tempo certo.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Sete Notas!





O sete notas é o novo Blog de resenha músicas que divido com o meu amigo de faculdade Paulo César, que também escreve no A Crítica! - blog que resenha filmes.

Sejam bem vindos para ler, deixar comentários ou só dar uma passada rápida mesmo!
http://www.sete-notas.blogspot.com/

abraços!